Tag: ambiente de trabalho

Automatizando a comunicação interna em projetos de desenvolvimento de software – um estudo de caso

O artigo sobre o Capítulo 6 do livro The Mythical Man-MonthPassing the Word – fala sobre algumas técnicas de como melhorar a comunicação durante o projeto de desenvolvimento de software.

Embora os princípios sobre comunicação e documentação permaneçam os mesmos até o dia de hoje, as técnicas citadas no livro não se aplicam à nossa atual realidade.

Neste artigo vou apresentar, resumidamente, como utilizamos dentro da Atlassian as suas próprias ferramentas para realizar comunicação e documentação com alto grau de automação.

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5 motivos para você vir trabalhar na Atlassian – em Sydney, Austrália

Já pensou em vir trabalhar na Atlassian, umas das empresas de tecnologia mais bem cotadas do mundo? Continue lendo para saber porquê e como!

Escrevi nos últimos meses uma série de artigos sobre minha mudança para Sydney, na Austrália, onde falo sobre o processo de entrevista, a mudança de país e como é trabalhar numa empresa de altíssimo nível técnico.

Reveja os artigos:

Entretanto, nunca falei diretamente sobre como você também pode vir trabalhar aqui e alguns motivos que me levaram a escolher especificamente esta empresa.

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Hello, JIRA

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Roses are red, JIRA is blue, Using JIRA is easy, Grasping how it works Is the hell of a steep learning curve.

Esta é uma continuação da aventura que comecei a descrever em Hello, Australia e Hello, Atlassian. Em resumo, mudei para a Austrália na metade de 2015 e vim trabalhar na Atlassian.

Você deve ter ouvido falar do JIRA, certo? Aquele sistema para controlar issues, isto é, bugs, tarefas e outros itens rastreáveis de projetos. Pois é, vim fazer parte justamente da equipe que desenvolve o produto mais popular da Atlassian. 😀

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Farewell, GFT

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Quem acompanha o blog já leu algumas vezes sobre a GFT. Citei a empresa nesses artigos:

Trabalhei na GFT da cidade de Sorocaba até Junho deste ano (2015), praticamente um ano e meio. Hoje estou em um novo desafio na Austrália, mas quero deixar aqui meus agradecimentos à empresa e, principalmente, aos colegas e amigos que foram cruciais em minha jornada profissional.

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Boas empresas, boas condições de trabalho

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Boas empresas dão boas condições de trabalho a seus funcionários. Ótimas empresas dão ótimas condições de trabalho.

Isso não tem nada a ver com mérito dos empregados ou mesmo com alguma causa por melhores condições de trabalho. Estamos falando de produtividade e qualidade.

Neste artigo abordarei algo que afeta diretamente todos os profissionais de TI, principalmente desenvolvedores, ainda que não se restringe à esta categoria: hardware.

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Você reclama do seu chefe e do seu ambiente trabalho?

Te peguei, não é? Mas não se preocupe, todos nós reclamamos e criticamos de alguma forma e isso não é necessariamente ruim.

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Críticas construtivas ou reclamações fúteis?

Em várias situações, neste blog e mundo afora, costumo criticar como desenvolvemos e gerenciamos projetos de software. Por outro lado, em sombrios cantos de cozinhas e corredores de empresas ouvem-se constantes reclamações despreocupadas que vão desde a cor da cortina do escritório até o aroma do sabão da pia do banheiro. Qual a diferença?

Quando estamos inconformados com uma situação e queremos melhorar, nossa crítica terá o objetivo de gerar mudança e o resultado é positivo. Uma crítica construtiva é aquela que possui um fator motivador e gera ação nas pessoas. Por exemplo, meu objetivo com artigos de auto crítica é levar o leitor a uma reflexão sobre si mesmo e o ambiente ao seu redor, fazendo-o sair da inércia. Meus erros são uma escola para mim e quanto antes os identifico e os supero, mais benefícios colherei mais cedo.

Mas, infelizmente, quantas vezes dizemos coisas que não acrescentam em nada e geram insatisfação em nós e em nossos colegas? Estamos sendo um empecilho para nossas carreiras e para quem nos ouve. Considero vazia e sem sentido a crítica que fica apenas nela mesma. Seria melhor não a termos declarado.

A boa notícia é que, com um pouco de esforço, podemos transformar nossas reclamações vazias em críticas construtivas. Ao invés de dizer “o processo que usamos é um lixo”, não seria melhor pensar um pouco e mudar para “se ajustássemos a atividade X dessa forma Y, nossa produtividade aumentaria”? Ao invés de reclamar para todos os colegas que “o chefe não reconhece o meu trabalho”, seria melhor eu me esforçar para que o resultado do meu trabalho seja mais tangível de forma que possa frequentemente reportar visivelmente o progresso obtido.

Pense como seu chefe

Isso pode ser ofensivo para alguns, mas tenha paciência e acompanhe meu raciocínio um pouco mais.

Ao fazer uma crítica desdenhosa a um superior, você não ganha nada. Apenas reforça a barreira imaginária entre patrão e empregado. Se você quer crescer profissionalmente, coloque-se no lugar dessa pessoa e tente pensar como ela. Isso não significa se tornar igual a ela. Mesmo não concordando com algumas de suas atitudes, você deve compreender suas motivações. Não há problemas em discordar, mas será que você é capaz de propor uma solução comprovadamente melhor para as dificuldades que surgem sem simplesmente criticar a decisão do chefe ou gerente? Qual seria a reação dele se você propusesse uma boa solução?

A verdade é que na maioria das vezes nossas críticas são ignorantes, pois não temos “conhecimento de causa”. Nós reclamamos do nosso trabalho, não o fazemos direito e ainda assim achamos que podemos ser melhores do que os outros. Seja sincero: você acha que seu chefe vê algum potencial de crescimento em você se nem seu próprio trabalho atual é feito com empenho?

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Algumas pessoas vêem o chefe como um tirano (não que alguns não sejam), mas na verdade elas não conseguem enxergar as situações do ponto de vista dele.

Por outro lado, poderíamos alcançar muito mais sucesso profissional se fôssemos capazes de produzir algo de valor para nossa área de negócio do que simplesmente sendo funcionários exemplares que chegam no horário e fazem muitas horas extras. Você é um excelente programador? E daí? Isso não tem a mínima importância se os clientes não estão mais satisfeitos do que com a concorrência. Você sempre fica até mais tarde? Mas se não entregar um produto de qualidade, está apenas desperdiçando energia elétrica. Por que temos essa mentalidade de que somos remunerados pelas oito horas diárias de trabalho? Se o valor do seu trabalho está em passar o tempo dentro da empresa, uma pedra prestaria um melhor serviço.

Diga-me com quem andas…

Um dos conselhos que seguramente daria para qualquer pessoa com relação ao ambiente de trabalho é: sempre ande em boa companhia. Quando passamos muito tempo com as pessoas pegamos o jeito delas. Minha esposa viajou há muito tempo para o nordeste e, em uma semana, ela simplesmente não conseguia mais falar sem o sotaque local.

Fique junto de pessoas descontentes, amarguradas, que sempre arranjam desculpas para não estudar coisas novas, que não se esforçam no trabalho e as chances são de que você, no mínimo, vai ter um rendimento menor do que poderia. Ande com pessoas mais experientes, que gostam de aprender e almejam mais da vida e constantemente você será contagiado pelo desejo de progredir.

Conclusão

Eu poderia escrever uma enciclopédia com exemplos de como nossa mentalidade é deturpada por anos de uma cultura dualista entre burguesia e proletariado, que gera tensão constante entre esses dois “lados”. Ou ainda poderia discorrer sobre uma longa lista de conselhos específicos sobre ética comportamental. Porém, vou concluir desafiando o caro leitor com uma paráfrase de uma expressão que minha esposa usa comigo algumas vezes:

Você acha que tem potencial? Pare de reclamar e mostre o seu valor!

O quão ruim é pedir “confirmação de leitura” dos e-mails que eu envio?

mail-noEsta é uma dúvida comum de gerentes de projetos e outros profissionais que, de forma cotidiana, trabalham com comunicação dentro das empresas. Como centralizadores de informação, eles são responsáveis pela comunicação efetiva entre os interessados de um projeto. Por ser comum as empresas adotarem softwares de e-mail (Outlook, Live Mail, entre outros) que trazem a “incrível” funcionalidade de “confirmação de leitura”, nada melhor que usar tal recurso em todos os e-mails para garantir que os envolvidos estão recebendo as comunicações devidas, não é mesmo? Errado!

O que é a confirmação de leitura?

É basicamente um e-mail automático de resposta avisando que uma mensagem foi aberta. A pessoa que lhe enviou a mensagem pode ativar uma configuração global de “confirmação de leitura”, isto é, todas as mensagens dela pedem confirmação, como também ativar seletivamente por e-mail enviado. Quando você recebe o e-mail, a configuração padrão é perguntar se você quer confirmar o recebimento. Em caso afirmativo, uma mensagem será enviada de volta ao remetente.

Veja abaixo imagens da configuração de “confirmação de leitura” e da mensagem de confirmação que você vê ao receber um e-mail.

Muitas pessoas ativam a opção global de solicitar confirmação de leitura para todas as mensagens e não refletem sobre o as consequências disso.

Como as pessoas encaram a confirmação de leitura

Certo gerente estava cogitando pedir confirmação em todas as comunicações que iria realizar, mas antes iniciou um debate num fórum. Os participantes da discussão foram unânimes em responder que os profissionais em geral consideram essa atitude como algo, no mínimo, rude.

Há ainda uma sensação de invasão de privacidade, ao visualizar uma mensagem e ser interrompido por uma caixa de diálogo perguntando se você quer confirmar o recebimento.

Outro problema é que pessoas ocupadas olham rapidamente novos e-mails e os marcam como “não lidos” para depois tomarem uma ação adequada. Elas não querem ter sua atenção desviada naquele momento, principalmente se há documentos anexos que demandariam a interrupção do fluxo de trabalho. Nesse caso, a mensagem de confirmação de leitura gera uma contradição, pois o conteúdo do e-mail não foi devidamente analisado e não há uma opção de enviar a confirmação posteriormente.

Por esses e outros motivos, várias pessoas simplesmente desativam por completo qualquer resposta de confirmação de leitura. Eu sou uma delas.

Razões erradas para usar a confirmação de leitura

Um dos motivos ocultos que estão por detrás do uso da confirmação de leitura é que o emissor do comunicado (gerente do projeto, administração, gestor, etc.) quer delegar à ferramenta a sua responsabilidade de garantir a eficiência da comunicação. Ele pensa que, se a leitura for confirmada, então já “passou a bola pra frente” e a responsabilidade não recai mais sobre ele. Agora, de mãos lavadas, caso a execução do projeto não ande de acordo com o plano, ele poderá orgulhosamente abrir sua caixa de e-mails e apontar para o culpado pelo atraso do projeto dizendo: “olha aqui a confirmação de que você recebeu o comunicado X no dia Y”. Isso é um tiro no pé. O recebimento e leitura de uma mensagem não podem ser confundidos com comunicação efetiva de forma alguma, muito menos se pensarmos em conseguir a colaboração e o compromisso dos envolvidos, que são coisas bem diferentes.

Outra possível razão para alguém desejar receber confirmações de leitura é a curiosidade de saber quem lê seus e-mails e quando. Não é preciso ir a fundo para dizer que é uma péssima ideia, pois basta saber que a maioria dos seus colegas irá se aborrecer, ignorar o pedido de confirmação e a curiosidade não será satisfeita no final.

Conclusões

A “confirmação de leitura” não garante a eficiência da comunicação. Para todos os efeitos, ela não é confiável para nenhum fim.

O uso de tal recurso pode causar mais problemas do que ajudar e deve ser restrito a determinadas situações, quando houver prévio acordo entre as partes, onde emissor e receptor concordem que será útil para um objetivo específico.

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