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Problemas de compatibilidade de versões no Java: especificando a versão do JDK para compilação

Uma das preocupações ao compilarmos aplicações e bibliotecas em Java é que a versão usada para compilação seja compatível com a versão onde o código será executado.

Por exemplo, você pode ter o Java 7 instalado em seu computador de desenvolvimento. Se você gerar um jar e tentar executar no computador de um cliente com o Java 6 pode ocorrer um erro!

Compilação em modo de compatibilidade

A primeira solução para problemas com versões diferentes é configurar o compilador para compilar em modo de compatibilidade.

Mas há um problema: isso não garante que o código executá. A cada versão do Java, classes ganham novos métodos e novas classes são adicionadas. A compilação em modo compatibilidade irá suceder sem erros, mas ao executar as classes em versões anteriores do Java, ocorrerão erros de tempo de execução por falta dos métodos e classes que não existem nas APIs nativas naquela versão.

Um exemplo simples é o construtor da classe BigDecimal que recebe um inteiro. Ele foi adicionado no Java 5, mas um código que use esse construtor é compilado sem problemas em compatibilidade para Java 1.4. Obviamente, ao executar esse código num JRE 1.4 ocorrerá um erro fatal.

Especificando um JDK alternativo

Então temos a segunda solução, que nos traz garantia de funcionamento: compilar o código com a mesma versão do ambiente do cliente.

Isso não significa, entretanto, que precisamos excluir todas as demais versões do Java de nosso ambiente de desenvolvimento, muito menos que só poderemos trabalhar com uma única versão em todos os projetos.

É possível especificar uma versão alternativa do Java para cada projeto, seja no Eclipse, Ant ou Maven.

Para ver como instalar o JDK 7, consulte o artigo Instalando e Configurando o Java Development Kit 7 para Desenvolvimento.

Especificando a versão e o JDK no Maven

No pom.xml podemos configurar o maven-compiler-plugin da seguinte forma:

  • <source>: especifica a versão do Java em que está escrito o código-fonte.
  • <target>: especifica para qual versão do Java o compilador deve compilar o código.
  • <executable>: especifica qual compilador (javac) será usado.

Exemplo:

<!-- CONFIGURAR VERSÃO DO JAVA PARA 1.7 -->
<build>
    <plugins>
        <plugin>
            <groupId>org.apache.maven.plugins</groupId>
            <artifactId>maven-compiler-plugin</artifactId>
            <version>3.1</version>
            <configuration>
                <source>1.7</source>
                <target>1.7</target>
                <executable>C:\Program Files\Java\jdk1.7.0_45\bin\javac</executable>
            </configuration>
        </plugin>
    </plugins>
</build>

Veja a documentação aqui.

Configuração única para um grupo de projetos usando herança

Não é necessário ter a configuração acima em cada novo projeto. Você pode criar um parent pom e usar a herança para reaproveitar essa configuração em todos os seus projetos.

Veja como especificar o pai de um projeto:

<parent>
    <groupId>org.minhaempresa</groupId>
    <artifactId>meu-pom-principal</artifactId>
    <version>1.0.0</version>
</parent>

Configuração única para todos os ambientes

Um problema que pode ocorrer é que cada desenvolvedor tem uma instalação do Java em local diferente. Se houver um servidor de integração contínua, o problema é o mesmo. Como especificar o Java sem ter que ajustar o caminho em cada máquina?

Para resolver isso, podemos criar um perfil (profile) diretamente na configuração do Maven. Um perfil nada mais é que um conjunto de configurações que você pode ativar e desativar quando quiser. Se essa configuração for feita em cada instalação do Maven e o perfil for ativado por padrão, podemos especificar a versão do Java em cada local sem maiores dificuldades.

Primeiro, edite o seu arquivo settings.xml que fica na sua pasta de usuário ou então no diretório conf da instalação do Maven e adicione um perfil com uma propriedade especificando onde está o Java.

Exemplo:

<profiles>
    <profile>
        <id>compiler</id>
        <properties>
            <JDK7>C:\Program Files\Java\jdk1.7.0_45</JDK7>
            <JDK4>C:\Program Files\Java\jdk1.4</JDK4>
        </properties>
    </profile>
</profiles>

No código acima, definimos duas propriedades JDK7 e JDK4. Note que você pode definir quantas propriedades quiser.

Agora devemos ativar o perfil para todos os projetos que usem essa instalação do Maven, editando novamente o settings.xml e adicionando o seguinte trecho:

<activeProfiles>
    <activeProfile>compiler</activeProfile>
</activeProfiles>

Então, em seu projeto ou parent pom, use a propriedade definida assim:

<executable>${JDK7}/bin/javac</executable>

Definindo o JDK num projeto do Eclipse

Ao abrir o Eclipse, ele virá configurado com mesmo o JDK usado para executá-lo, ou seja, o que estiver configurado como padrão em seu computador. Todavia, você pode incluir na configuração do Eclipse quantas versões quiser, tanto do JDK (compilação) quanto do JRE (execução).

Incluindo uma instalação do Java no Eclipse

Primeiro, acesse o menu Window > Preferences... e vá até a configuração Java > Installed JREs.

01

Clique em Add....

02

Selecione a opção Standard VM e clique em Next >.

03

Preencha o campo JRE home digitando o diretório de instalação do Java que você quer adicionar. Ou clique em Directory... para procurar a pasta. O Eclipse irá preencher as demais informações para você.

04

Clique em Finish e a nova instalação será adicionada à lista.

05

Clique em OK.

Configurando o projeto para usar uma versão específica do Java

Clique com o botão direito em um projeto e acesse a opção Properties. Clique no item Java Build Path e vá até a aba Libraries.

06

Selecione o Java atualmente em uso e clique no botão Edit....

07

Selecione o item Alternate JRE, selecione a JRE ou JDK que você quer usar e clique em Finish.

08

Verifique se o Java mudou e clique em OK para concluir a configuração.

Talvez o Eclipse emita um aviso de que será necessário recompilar o projeto. Isso é normal, apenas confirme.

Note que para projetos que usam o plugin do Maven para o Eclipse (M2E), você não precisa fazer isso manualmente. Apenas adicione o JDK ao Eclipse, como descrito acima, e configure seu pom.xml. O plugin selecionará o Java mais adequado para o projeto automaticamente.

Especificando o JDK num build Ant

Caso você faça a compilação e empacotamento de seus projetos com scripts Ant, é possível especificar a versão de compilação para a task <javac> de uma forma muito simples. Basta definir o atributo executable, por exemplo:

<javac srcdir="" 
    destdir=""
    executable="path-to-java14-home/bin/javac" 
    fork="true"
    taskname="javac1.4" />

Considerações finais

Especificar uma versão do Java é uma boa prática para evitar problemas inesperados durante a entrega de um software. Procure compilar e testar seus programas usando a mesma versão do ambiente onde eles serão executados.

Este artigo descreve várias formas de atingir isso, para você ter um ambiente de desenvolvimento “saudável”.

Por este e outros motivos, recomendo o uso do Maven para novos projetos, já que ele evita a repetição do processo de configuração do ambiente para cada novo desenvolvedor ou servidor.

Para maiores detalhes sobre o Maven, consulte o artigo: Instalando, configurando e usando o Maven para gerenciar suas dependências e seus projetos Java.

Instalando, configurando e usando o Maven para gerenciar suas dependências e seus projetos Java

Este artigo é uma introdução ao Maven, uma ferramenta de gerenciamento de dependências e ciclo de vida de um projeto em Java.

Para usar o Maven, você precisa ter o JDK instalado. Você também pode integrá-lo à sua IDE. Para saber como instalar o JDK e o Eclipse, consulte os seguintes artigos:

O que é o Maven?

O Maven é uma ferramenta de gerenciamento de dependências e do ciclo de vida de projetos de software no sentido técnico. Isso inclui:

  • Facilitar a compilação do código, o empacotamento (JAR, WAR, EAR, …), a execução de testes unitários, etc.
  • Unificar e automatizar o processo de geração do sistema. Nada mais de uma coleção de passos e scripts a serem executados manualmente.
  • Centralizar informações organizadas do projeto, incluindo suas dependências, resultados de testes, documentação, etc.
  • Reforçar boas práticas de desenvolvimento, tais como: separação de classes de teste das classes do sistema, uso de convenções de nomes e diretórios, etc.
  • Ajuda no controle das versões geradas (releases) dos seus projetos.

Conceitos importantes

Artefato (artifact)

Um artefato é geralmente um arquivo JAR que fica no repositório do Maven, mas pode ser de outro tipo.

Cada artefato é identificado através dos seguintes elementos:

  • Grupo: é como o endereço do site ao contrário, como br.com.starcode, org.apache, com.google, com.ibm, etc.
  • Identificador único de artefato: geralmente é o nome do projeto. Ele deve ser único por grupo.
  • Número de versão: a versão do projeto, como 1.4.2 ou 3.0. Se houver o sufixo -SNAPSHOT (0.0.1-SNAPSHOT, por exemplo) significa que o projeto está em desenvolvimento e o pacote pode ser alterado.
  • Tipo do projeto: jar, war, ear, pom (projeto de configuração).
  • Classificador: identificação opcional para diferenciar variações da mesma versão. Por exemplo, se o programa é compilado para diferentes versões do Java podemos usar os classificadores jdk4 e jdk6. Se há variações específicas para Sistemas Operacionais, podemos ter os classificadores linux e windows.

Repositório local

É um diretório em seu PC onde os artefatos são armazenados após baixados de um repositório remoto na internet ou na intranet. Você também pode instalar os artefatos dos seus projetos nesse repositório executando o install do Maven. Continue lendo para entender o que é isso.

O repositório possui uma estrutura padrão onde o Maven consegue encontrar os artefatos através da identificação do mesmo.

Repositório remoto

Consiste numa aplicação que disponibiliza artefatos do Maven. Pode se um repositório público na Internet, onde criadores de bibliotecas e frameworks disponibilizam seus artefatos, ou pode ser um repositório privado da empresa, disponível na intranet.

Existe um repositório central que já vem configurando no Maven, mas algumas empresas criam seus próprios repositórios. Inclusive você pode criar o seu instalando o Artifactory ou Nexus num servidor.

Quando adicionamos esses repositórios remotos em nossa instalação do Maven, ele é capaz de localizar e baixar automaticamente as dependências através da identificação do artefato.

Arquivo POM

O arquivo pom (pom.xml) é a configuração principal do Maven e estará presente em todo projeto. Nele você declara a identificação do seu projeto (que após gerado será também um artefato Maven), as dependências, repositórios adicionais, etc.

Há um arquivo pom por projeto, mas ele pode herdar configurações de um parent pom, isto é, como se houvesse um projeto "pai".

Ciclo de vida padrão do Maven

O Maven possui um ciclo de vida padrão. Cada passo do ciclo de vida é chamado de Goal e possui plugins específicos. Os mais importantes são:

  • validate: valida o projeto e se as informações necessárias para os próximos passos estão disponíveis, como as dependências por exemplo.
  • compile: compila o código-fonte.
  • test: executa os testes unitários (JUnit, por exemplo).
  • package: empacota o código compilado em um JAR, WAR, etc.
  • integration-test: executa os testes de integração.
  • install: adiciona o pacote gerado ao repositório local, assim outros projetos na mesma máquina podem usar essa dependência.
  • deploy: copia o pacote final para o repositório remoto, disponibilizando-o para outros desenvolvedores e outros projetos.

Os itens acima, nessa ordem, são passos comuns para geração de uma versão de qualquer sistema, não é mesmo?

No Maven, você pode configurar detalhadamente cada um desses passos e até incluir novos. Por exemplo, alguns frameworks que geram código-fonte usam um goal generate-sources para fazer isso.

Além disso, não é necessário executar todos os passos sempre. Você pode escolher qual deseja executar num determinado momento, mas o Maven sempre executará todos os passos anteriores.

Por exemplo, enquanto você está desenvolvendo um módulo, a cada alteração pode executar o passo test para executar a validação, compilação e então os testes unitários. Então você só precisa executar os passos posteriores quando tiver concluído o trabalho.

Para maiores informações sobre o ciclo de vida, consulte a documentação.

Estrutura padrão de um projeto Maven

A estrutura padrão do projeto inclui boas práticas (como separar as classes de teste das classes do sistema) e facilita aos novos desenvolvedores encontrar o que eles querem, já que todos os projetos seguirão uma estrutura semelhante.

Veja a seguir os principais diretórios utilizados:

  • src/main/java: aqui fica o código-fonte do sistema ou biblioteca.
  • src/main/resources: arquivos auxiliares do sistema, como .properties, XMLs e configurações.
  • src/main/webapp: se for uma aplicação web, os arquivos JSP, HTML, JavaScript CSS vão aqui, incuindo o web.xml.
  • src/test/java: as classes com seus testes unitários ficam aqui e são executadas automaticamente com JUnit e TestNG. Outros frameworks podem exigir configuração adicional.
  • src/test/resources: arquivos auxiliares usados nos testes. Você pode ter properties e configurações alternativas, por exemplo.
  • pom.xml: é o arquivo que concentra as informações do seu projeto.
  • target: é o diretório onde fica tudo que é gerado, isto é, onde vão parar os arquivos compilados, JARs, WARs, JavaDoc, etc.

Para ver mais detalhes sobre a estrutura de diretórios do Maven, consulte a documentação.

Usando o Maven em projetos já existentes

Você pode ter ficado desapontado com a estrutura anterior, pois estava pensando em usar o Maven em um projeto que já começou, mas não quer ou não pode mudar a estrutura de pastas atuais.

Saiba que o Maven é flexível e permite alterar toda a estrutura padrão.

Por exemplo, é comum usar a pasta src para os fontes, ao invés de src/main/java. Para ajustar isso, basta adicionar uma tag <sourceDirectory> dentro da tag <build>, assim:

<project>
    ...
    <build>
        <sourceDirectory>src</sourceDirectory>
        ...
    </build>
    ...
</project>

Não vou ir fundo nessa questão, mas se o leitor tiver um projeto em condições semelhantes, sugiro uma leitura mais completa da documentação, começando com Using Maven When You Can’t Use the Conventions.

É claro que nem tudo é tão simples. Muitos projetos usam estruturas tão diferentes que se exige a refatoração desta estrutura.

Benefícios do Maven

A adoção do Maven no desenvolvimento traz de imediato os seguintes benefícios:

Centralização das informações

O Maven centraliza as informações dos projetos no arquivo pom.

Sendo assim, não é preciso configurar várias ferramentas, build scripts, servidores e IDEs durante o desenvolvimento. O Maven segue o conceito DRY (Don’t Repeat Yourself).

Além disso, o Maven também disponibiliza formas de analisar o projeto. Por exemplo, o goal dependency:analyze exibe as dependências declaradas que não estão sendo usadas e as usadas via terceiros, mas não declaradas no pom.

Padronização do ambiente de desenvolvimento

Através da especificação do projeto, incluindo suas características e dependências, o Maven constrói a estrutura necessária do projeto, baixando automaticamente as versões corretas das dependências (JARs, por exemplo) de um repositório central ou de um repositório privado (contendo sistemas da empresa).

Você não precisa entrar no site de cada biblioteca e framework usado e então fazer manualmente o download e adicionar os jars no seu classpath.

Dessa forma, cada desenvolvedor consegue configurar rapidamente um ambiente para desenvolvimento com a garantia de que esse ambiente é igual ao dos outros desenvolvedores.

Gerenciamento de dependências

Como já mencionei, o Maven faz o download automático de dependências para o projeto e os adiciona ao classpath do seu projeto.

Cada dependência pode ter também as suas próprias dependências. Elas são chamadas dependências transitivas. O Maven resolve essa árvore de dependências e traz tudo o que você precisa.

Em alguns casos, podem haver problemas de conflitos, no caso da árvore de dependências incluir versões diferentes de um mesmo artefato. O Maven vem com mecanismos para resolver isso.

Facilidade de compreensão do projeto

Ao usar a convenção de diretórios sugerida pelo Maven os desenvolvedores terão mais facilidade em compreender a estrutura do projeto, afinal todos os projetos seguirão uma estrutura básica de diretórios, como vimos anteriormente.

Automação

O Maven gerencia o ciclo de vida da aplicação. Após configurar um projeto, você será capaz de executar comandos que vão desde a compilação até a geração de documentação (Javadoc) e um site padrão contendo informações sobre o projeto.

Uma vez feita a configuração necessária, o projeto pode ser baixado e compilado sem nenhum esforço. Novas versões podem ser geradas em servidores de Integração Contínua e testadas automaticamente sempre que necessário.

Um alerta

Embora os tópicos anteriores tenham enumerado diversas vantagens do uso do Maven, este não é uma "bala de prata", ou seja, uma solução mágica para o projeto.

Dependendo da complexidade do projeto, pode ser bem complicado criar uma configuração adequada para ao Maven.

Além disso, o Maven não irá livrá-lo de problemas como:

Incompatibilidade de dependências

O projeto depende dos frameworks A e B. O framework A depende a versão 1.0 da biblioteca C. O framework B depende da versão 2.0 da biblioteca C.

O Maven não vai resolver sozinho isso, mas facilita muito a resolução do problema já que podemos usar as informações do mecanismo de resolução de dependências para identificar os conflitos.

Algumas tecnologias simplesmente não vão funcionar bem com o Maven

Alguns autores de frameworks ou arquiteturas inventam o seu próprio jeito de trabalhar. Isso significa que para usar o Maven é necessário alguma adaptação, o que nem sempre é trivial.

No entanto, é possível escrever plugins para o Maven que façam o trabalho para você. Geralmente a comunidade de cada framework, se não os próprios autores, já terão resolvido esse problema. Embora existam casos em que essas soluções acrescentem novas limitações.

Ódio do Maven

A verdade é que existe muita gente que odeia o Maven por ter vivido experiências ruins com ele, principalmente no início. Infelizmente, não sei se este artigo terá o poder de curá-lo de traumas passados ao tentar usar o Maven sem a devida orientação. 😉

No entanto, não deixe que isso influencie você neste momento. Mesmo que não pretenda usar o Maven em seus projetos, vale a pena conhecê-lo. Você pode ser obrigado a usá-lo na empresa ou mesmo num projeto opensource de que vai participar.

Se você não gosta do Maven, tenha duas coisas em mente:

  1. Existem várias alternativas, desde scripts Ant até outras ferramentas de resolução de dependências mais avançadas como o Graddle.
  2. Embora algumas pessoas atinjam um excelente nível de produtividade sem o Maven, se considerarmos um contexto mais amplo, como um projeto que com mais de meia dúzia de desenvolvedores, alguns deles novatos, o Maven pode trazer mais vantagens que desvantagens se bem configurado por um desenvolvedor experiente.

Instalando o Maven

Acesse a página do Maven e clique no item Download do menu.

A página disponibiliza diferentes versões para diferentes ambientes. Baixe o arquivo da última versão de acordo com seu sistema operacional. Destaquei na imagem a versão zip para Windows que usarei neste exemplo:

01

A versão mais atual do Maven na data de criação deste tutorial é 3.2.1. O pacote baixado é nomeado apache-maven-3.2.1-bin.zip. Veja o arquivo aberto no 7-Zip:

02

Descompacte o conteúdo para a pasta c:\starcode\.

03

Configura o resultado na imagem a seguir:

04

Configurando o Maven

O Maven é configurado através do arquivo settings.xml que fica no diretório c:\starcode\apache-maven-3.2.1\conf.

Abra o arquivo usando um editor avançado, como o Notepad++. Você vai ver que existem diversos blocos de XML comentados com possíveis configurações e explicações sobre elas.

Em um ambiente simples você não vai precisar mexer em muita coisa. Porém, vamos ver alguns pontos mais importantes.

Proxy

É muito comum precisarmos autenticar o acesso à internet em um Proxy quando estamos no trabalho. Procure a tag <proxy>, a qual deve estar comentada no arquivo de configuração. O trecho é o seguinte:

<proxy>
    <id>optional</id>
    <active>true</active>
    <protocol>http</protocol>
    <username>proxyuser</username>
    <password>proxypass</password>
    <host>proxy.host.net</host>
    <port>80</port>
    <nonProxyHosts>local.net|some.host.com</nonProxyHosts>
</proxy>

Se você tem um proxy na sua rede, mova o bloco acima para fora do comentário, então substitua os parâmetros de acordo com seu ambiente. Mantenha a tag <proxy> dentro de <proxies>.

Veja abaixo um exemplo de uso:

<proxies>
    <proxy>
        <id>proxy</id>
        <active>true</active>
        <protocol>http</protocol>
        <host>proxy.intranet.empresa.com</host>
        <port>8080</port>
        <nonProxyHosts>localhost,127.*,192.*</nonProxyHosts>
    </proxy>
</proxies>

Local do repositório

O Maven utiliza um diretório local para baixar os artefatos da internet. O diretório padrão fica dentro pasta do usuário, na pasta .m2. Um exemplo no Windows é c:\users\luiz\.m2\repository.

Entretanto, tenho o hábito de mudar esse diretório para junto de meus arquivos de desenvolvimento. Para isso, basta editar o settings.xml, movendo a tag <localRepository> para fora do comentário e adicionando o caminho, por exemplo:

<localRepository>c:\starcode\apache-maven-3.2.1\repo</localRepository>

Não se esqueça de criar o diretório especificado caso o mesmo não exista.

Configurando as variáveis de ambiente

Para usar o Maven em linha de comando você deve adicionar o caminho para os executáveis ao PATH do ambiente. No Windows, pressione Ctrl+Break para abrir a tela de informações do do sistema.

05-configurar-maven

Clique na opção Configurações avançadas do sistema, à esquerda da janela.

06-configurar-maven

Na aba Avançado da tela de Propriedades do Sistema, clique em Variáveis de Ambiente....

07-configurar-maven

Você pode adicionar a variável de ambiente apenas para o usuário atual ou globalmente para todo o sistema. Faça o que for melhor para o seu caso. Alguns ambientes corporativos impedem o acesso à configuração de sistema por questões de segurança, então você terá que configurar apenas seu usuário.

Clique em Novo... e crie a variável M2_HOME com o valor apontando para o diretório base do Maven. No nosso exemplo o valor é c:\starcode\apache-maven-3.2.1.

08-configurar-maven

Clique em OK para criar a variável.

09-configurar-maven

Agora vamos incluir o diretório com os executáveis do Maven ao PATH. Localize a entrada, selecione-a e clique em Editar....

10-configurar-maven

Adicione ao final um ponto e vírgula e o caminho para a pasta bin do Maven (;%M2_HOME%\bin), assim:

11-configurar-maven

Clique em OK para confirmar a edição e OK novamente para confirmar as alterações nas variáveis do sistema.

Vamos então testar a instalação. Abra o CMD (linha de comando) e digite mvn -version. Você deve ver algo como na figura abaixo:

12-configurar-maven

Se ocorreu algum problema, verifique se você tem o Java instalado e configurado corretamente, incluindo as variáveis de ambiente JAVA_HOME e PATH incluindo o Java. Caso tenha dúvidas, acesse o artigo citado no início sobre a instalação do JDK.

Usando o Maven

Usando a instalação do Maven no Eclipse

Para integrar o Maven e Eclipse eu aconselho o plugin M2E. Note que o M2E é um plugin do Eclipse que faz integração com o Maven.

Existe também o Maven Eclipse Plugin, aquele onde se digita eclipse:eclipse para gerar um projeto para o Eclipse. Este é um plugin do Maven que simplesmente gera os arquivos de configuração necessários para a IDE. Não confunda os dois.

A distribuição Eclipse for JEE Developers já vem com o plugin M2E e uma instalação interna do Maven. Veja como instalar e usar o Eclipse acessando o artigo citado no início.

Se você tem uma versão diferente do Eclipse, use o menu Help > Eclipse Marketplace..., pesquise por M2E e instale o plugin.

Com o plugin instalado e o Eclipse aberto, acesse o menu Window > Preferences... e vá até a opção Maven > Installations.

01-maven-eclipse

Veja que já existe uma instalação "embarcada", mas com uma versão desatualizada. Vamos adicionar o nosso Maven.

Clique em Add... e selecione a pasta com a nossa instalação, no caso: c:\starcode\apache-maven-3.2.1.

02-maven-eclipse

Note que ele já encontrou nosso arquivo de configuração.

Vá até o menu User Settings. Há um warning lá dizendo que a configuração do usuário não existe. Você pode criar um outro settings.xml na pasta indicada ou simplesmente use um artifício (que eu sempre uso), que é definir o mesmo arquivo da configuração global.

03-maven-eclipse

Caso não tenha entendido, o Maven possui um arquivo de configuração global que afeta diretamente a instalação e fica na pasta conf. Entretanto, cada usuário do sistema pode ter um arquivo próprio e sobrescrever as configurações globais que ele desejar. No entanto, se você é o único usuário do computador, não é necessário ter os dois arquivos.

Criando um projeto Maven simples no Eclipse

Com o Maven configurado, vamos criar um novo projeto no Eclipse. Acesse o menu File > New > Maven Project. Selecione a opção Create a simple project (skip archetype selection) e clique clique em Next >.

01-projeto-simples

Vamos preencher a identificação do projeto, que nada mais é do que a identificação de um artefato.

02-projeto-simples

O Group Id para o exemplo será br.com.starcode e o Artifact Id será teste-maven-01. A versão e o tipo de artefato (Packaging) já devem estar preenchidos, então simplesmente deixe como está. O nome e a descrição são opcionais.

Clique em Finish para ver o projeto criado.

Note que ele ainda não está definido com as configurações de um projeto Java, então clique com o botão direito sobre o projeto, acesse o menu Maven > Update Project....

03-projeto-simples

Clique em OK para atualizar o projeto com as configurações do Maven e agora temos a estrutura característica.

04-projeto-simples

Adicionando manualmente uma dependência

Agora vou ilustrar como podemos adicionar algumas dependências ao projeto. Acesse o site mvnrepository.com, que contém um índice das dependências disponíveis no repositório do Maven. Pesquise por commons-lang.

05-projeto-simples

Selecione o item Apache Commons Lang, como indicado na imagem abaixo:

06-projeto-simples

Clique sobre a última versão (3.3.2 na data em que escrevo o artigo).

07-projeto-simples

Selecione e copie a identificação do artefato, conforme a imagem abaixo:

08-projeto-simples

Agora volte ao Eclipse e clique duas vezes sobre o arquivo pom.xml para editá-lo. Provavelmente o editor foi aberto no aba Overview (veja abaixo do editor) com diversos campos e informações sobre o projeto.

Clique na aba pom.xml para mostrar o código fonte.

09-projeto-simples

Adicione a tag <dependencies> logo abaixo da tag <description> e cole o conteúdo do site dentro dela.

Dica: Pressione CTRL+A para selecionar todo o conteúdo do arquivo e depois CTRL+I para indentar (tabular) o arquivo.

10-projeto-simples

O conteúdo do pom.xml deve ser o seguinte:

<project xmlns="http://maven.apache.org/POM/4.0.0" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
    xsi:schemaLocation="http://maven.apache.org/POM/4.0.0 http://maven.apache.org/xsd/maven-4.0.0.xsd">
    <modelVersion>4.0.0</modelVersion>
    <groupId>br.com.starcode</groupId>
    <artifactId>teste-maven-01</artifactId>
    <version>0.0.1-SNAPSHOT</version>
    <name>Teste Maven 01</name>
    <description>Um teste de projeto simples com o maven</description>
    <dependencies>
        <dependency>
            <groupId>org.apache.commons</groupId>
            <artifactId>commons-lang3</artifactId>
            <version>3.3.2</version>
        </dependency>
    </dependencies>
</project>

Salve o arquivo. O plugin M2E irá identificar a alteração, baixar automaticamente a dependência do repositório central para o seu repositório local e adicioná-la ao classpath do projeto.

Confira a entrada Maven Dependencies na imagem a seguir:

11-projeto-simples

Pronto! Agora você já pode usar qualquer classe da biblioteca Apache Commons Lang. 😉

Fiz uma classe de exemplo (File > New > Other..., selecione Class), com o seguinte conteúdo:

package br.com.starcode.testemaven01;

import org.apache.commons.lang3.StringUtils;

public class ClasseDeTeste {

    public static void main(String[] args) {

        System.out.println(StringUtils.capitalize("luiz"));

    }

}

Executei o método main clicando com o botão direito sobre a classe, menu Run As > Java Application. Veja o resultado:

12-projeto-simples

Executando os passos (goals) do Maven

Vamos supor que estamos construindo uma nova biblioteca. Precisaremos testá-la (test), empacotá-la (package) num jar e distribuí-la (deploy) para o uso de terceiros, não é mesmo? O Maven nos ajuda grandemente com esses passos naturais do ciclo de vida de um projeto.

Vamos usar nosso projeto de exemplo e criar uma classe utilitária chamada SuperUtil:

package br.com.starcode.testemaven01;

import org.apache.commons.lang3.StringEscapeUtils;

public class SuperUtil {

    /**
     * Possibilita exibir um texto contendo HTML no navegador sem ataques XSS.
     * @param html Entrada do usuário (pode ter HTML, mas não deve ser renderizado, somente exibido)
     * @return Texto sem posíveis tags HTML
     */
    public static String escapeHTML(String html) {
        return StringEscapeUtils.escapeHtml4(html);
    }

}

Veja no Eclipse:

01-executando-com-maven

Vamos ainda criar um teste unitário para nossa classe, as primeiro temos que adicionar a dependência do JUnit ao nosso projeto. Para isso vá até o site mvnrepository.com e pesquise por junit. Vá até a última versão, copie o trecho do XML e adicione na seção de dependências do seu pom.xml.

Adicione também a tag <scope>test</scope> à esta dependência, para informar ao Maven que ela somente será usada no teste. Sim, o Maven é “esperto” e não incluirá, por exemplo, o JUnit na pasta WEB-INF/lib de uma aplicação web.

Veja como ficou o pom.xml:

<project xmlns="http://maven.apache.org/POM/4.0.0" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance"
    xsi:schemaLocation="http://maven.apache.org/POM/4.0.0 http://maven.apache.org/xsd/maven-4.0.0.xsd">
    <modelVersion>4.0.0</modelVersion>
    <groupId>br.com.starcode</groupId>
    <artifactId>teste-maven-01</artifactId>
    <version>0.0.1-SNAPSHOT</version>
    <name>Teste Maven 01</name>
    <description>Um teste de projeto simples com o maven</description>
    <dependencies>
        <dependency>
            <groupId>org.apache.commons</groupId>
            <artifactId>commons-lang3</artifactId>
            <version>3.3.2</version>
        </dependency>
        <dependency>
            <groupId>junit</groupId>
            <artifactId>junit</artifactId>
            <version>4.11</version>
            <scope>test</scope>
        </dependency>
    </dependencies>
</project>

Ao salvar o arquivo o Maven deve baixar o JUnit automaticamente.

Agora crie a classe de teste SuperUtilTest em src/test/java:

package br.com.starcode.testemaven01;

import org.junit.Assert;
import org.junit.Test;

public class SuperUtilTest {

    @Test
    public void escapeHTMLTest() {

        String escapedHtml = SuperUtil.escapeHTML("<script>alert(1);</script>");
        String expected = "&lt;script&gt;alert(1);&lt;/script&gt;"; 
        Assert.assertEquals(expected, escapedHtml);

    }

}

Caso queira executar o teste já, clique com o botão direito sobre a classe e acesse o menu Run As > JUnit Test:

02-executando-com-maven

Confira o resultado:

03-executando-com-maven

Sucesso! 😀

Imagine agora que tenhamos criado diversas classes e métodos. Temos uma versão beta de nossa biblioteca.

Vamos testar o projeto usando o Maven. Clique no projeto com o botão direito e na opção Run As > Maven test:

04-executando-com-maven

Na primeira execução o Maven vai baixar diversos plugins e dependências internas para a execução do projeto. Aguarde um pouco e confira o resultado de todos os testes do projeto:

05-executando-com-maven

Ok, agora vamos gerar um JAR do projeto. Clique no projeto com o botão direito e na opção Run As > Maven build.... Isso é necessário porque não é uma opção pronta para o passo package. Vá até o campo Goals e digite package.

06-executando-com-maven

Clique em Run e aguarde.

07-executando-com-maven

Se você observar o log no Console notará que os testes foram executados. Lembra que eu disse que os passos anteriores sempre são executados? Espero que agora tenha entendido melhor.

Note a última linha antes das palavras BUILD SUCCESS. Ali está o caminho do Jar gerado. Ele foi gerado dentro da pasta target do projeto.

Selecione a pasta target e Pressione F5 para atualizá-la. Abra-a clicando na seta à esquerda e confira:

08-executando-com-maven

Vamos agora executar o install, isto é, instalar o jar no repositório local. Clique no projeto com o botão direito e na opção Run As > Maven install. Aguarde um pouco e veja o resultado:

09-executando-com-maven

As duas últimas linhas antes da mensagem de sucesso demonstram os locais onde o Jar e o seu arquivo POM foram instalados:

[INFO] Installing D:\starcode\workspaces\workspace_demo\teste-maven-01\target\teste-maven-01-0.0.1-SNAPSHOT.jar to c:\starcode\apache-maven-3.2.1\repo\br\com\starcode\teste-maven-01\0.0.1-SNAPSHOT\teste-maven-01-0.0.1-SNAPSHOT.jar

[INFO] Installing D:\starcode\workspaces\workspace_demo\teste-maven-01\pom.xml to c:\starcode\apache-maven-3.2.1\repo\br\com\starcode\teste-maven-01\0.0.1-SNAPSHOT\teste-maven-01-0.0.1-SNAPSHOT.pom

Vamos abrir o diretório do repositório local e dar uma olhadinha:

10-executando-com-maven

Agora você pode usar este artefato em outros projetos na sua máquina local, adicionando a seguinte dependência:

<dependency>
    <groupId>br.com.starcode</groupId>
    <artifactId>teste-maven-01</artifactId>
    <version>0.0.1-SNAPSHOT</version>
</dependency>

Qualquer projeto com essa dependência vai usar o nosso jar gerado e, automaticamente, incluir também o jar do Apache Commons Lang que definimos em nosso projeto.

Analisando as dependências

Vamos aprender a analisar as dependências de um projeto.

Abra novamente o seu arquivo pom.xml e vá até a aba Dependency Hierarchy. Você deve estar vendo isso:

01-maven-dependencies

Abaixo, mais um exemplo de dependências extraído da minha biblioteca T-Rex:

maven-dependency-hierarchy

Usando o Maven em linha de comando

Tudo o que fizemos anteriormente através da IDE pode ser feito via linha de comando. É importante entender isso porque quando o projeto for compilado em um servidor de Integração Contínua, por exemplo, ele não contará com as facilidades do plugin que usamos.

Irei ilustrar a seguir a execução do goal install via linha de comando.

O primeiro passo é abrir o CMD e ir até o diretório do projeto. Então basta digitar o comando maven install.

11-executando-com-maven

Configura o resultado da execução:

13-executando-com-maven

Pronto!

Explicando: nós adicionamos o Maven ao path do sistema, lembra? maven é o nome do executável do Maven e install é o goal que você deseja executar. Também há usar o executável mvn, que é apenas um atalho para evitar digitar mais caracteres.

Da mesma forma, poderíamos executar mvn test ou mvn package como fizemos nos tópicos acima via menu do Eclipse para ativar os respectivos Goals.

Um goal muito importante ainda não mencionado é o clean, que serve para limpar todos os arquivos gerados da pasta target. Ele é muito importante para limpar eventual “sujeira” de gerações anteriores.

Quando estiver tendo problemas estranhos ou for gerar uma versão "oficial", sempre use comandos comandos como mvn clean install ou mvn clean deploy para garantir uma geração "limpa".

Note que você pode especificar vários goals simultaneamente para o Maven executar. Nos exemplos acima, o Maven vai primeiro limpar o projeto e depois executar o install ou o deploy.

Passando parâmetros para o Maven

Há ainda situações onde precisamos ajustar a execução do Maven através de parâmetros.

Por exemplo, em certas ocasiões queremos gerar um jar ou war para testes, porém o build do Maven falha porque um teste unitário terminou em erro.

Para resolver essa situação sem excluir o teste unitário, é possível configurar o Maven para “pular” os testes com o seguinte comando:

mvn -DskipTests clean install

14-executando-com-maven

Configura o resultado da execução:

15-executando-com-maven

O mesmo resultado pode ser obtido no Eclipse clicando com o botão direito sobre o projeto e indo no menu Run As > Maven build..., digitando clean install no campo Goals e selecionando a opção Skip Tests.

Distribuindo seu projeto

Os próximos passos incluiriam disponibilizar o jar para outros desenvolvedores através do goal deploy. Em um deploy, o Maven envia seu jar para um Repositório Remoto. Entretanto, isso exige várias configurações adicionais e as devidas permissões.

Disponibilizar seu projeto no repositório central do Maven exige que seu projeto seja opensource e que você solicite as permissões necessárias. Caso você queira fazer isso, siga os passos disponíveis neste link.

Já dentro de uma empresa geralmente se configura um servidor para conter um repositório com os artefatos da empresa. Existem aplicações gratuitas que podem ser usadas para isso, como o Artifactory ou o Nexus.

As configurações necessárias para o deploy num repositório remoto estão fora do escopo deste artigo, mas existem várias referências disponíveis na web.

Leitura adicional

Usar o Maven para desenvolver projetos pessoais é relativamente fácil e este artigo cobre o necessário para isso. Entretanto, não deixe de estudar o material oficial e, aos poucos, ir entendendo os mecanismos do Maven para usá-lo em projetos maiores:

Considerações finais

Usar o Maven pode ser confuso a princípio, mas traz diversos benefícios.

Em curto prazo ele ajuda você a gerenciar as dependências e organizar seus projetos.

Em médio prazo você poderá ter um controle muito bom de versões e releases, além de um padrão maduro para seus projetos.

Em longo prazo o Maven possibilitará a Integração Contínua de seus projetos. Será necessário um esforço considerável, mas seus projetos serão compilados e testados automaticamente. Com uma quantidade de testes adequada para garantir que as funcionalidades existentes continuam funcionando e as novas vão funcionar, você pode ter versões sendo geradas todos os dias ou a cada commit!

Nesse ponto, cruzamos com conceitos de TDD, Agile e outros. Mas é exatamente este o motivo pelo qual ferramentas de automação como o Maven são importantes.

Espero que o leitor tenha compreendido seu funcionamento básico e possa evoluir daqui em diante para um melhor aproveitamento da automação em benefício da qualidade e da agilidade.

Instalando e configurando o Eclipse Kepler no linux Ubuntu

Continuando a série de artigos sobre configuração de um ambiente de desenvolvimento no linux Ubuntu em uma máquina virtual, chegou a hora do Eclipse.

Você deve ter o JDK instalado no seu Ubuntu. Os passos de instalação do Ubuntu e do Java estão em seus respectivos artigos:

Baixando o Eclipse

Acesse a página de download do Eclipse a partir do seu Ubuntu. Vamos fazer o download da versão Eclipse IDE for Java EE Developers, que já vem com um conjunto maior de plugins do que a versão Standard.

Meu Ubuntu é de 64 bits, portanto vou selecionar a opção Linux 64 Bit, conforme indicado na imagem:

install-eclipse-01

Na próxima tela, clique na seta verde para iniciar o download.

install-eclipse-02

Salve o arquivo no local desejado e aguarde o término do download.

install-eclipse-03

Instalando o Eclipse

Ainda no navegador, clique sobre o nome do arquivo para abri-lo, conforme a imagem abaixo. Ou simplesmente abra o gerenciador de arquivos e navegue até o diretório onde baixou o arquivo e abra-o com um duplo clique. O arquivo deve ter sido baixado no diretório ~/Downloads, que é a pasta padrão de downloads do usuário.

install-eclipse-04

Agora, o arquivo deve estar aberto no Archive Manager, conforme a imagem:

install-eclipse-05

Selecione a pasta eclipse que aparece na listagem do programa e clique no botão Extract da barra de ferramentas.

A caixa de diálogo de extração aparecerá. Navegue até um diretório de sua preferência para descompactar o Eclipse. Se estiver em dúvida ou tiver problemas de permissão, use o diretório Home (~), como na imagem.

install-eclipse-06

Clique no botão Extract para confirmar a extração.

Após a conclusão, o Archive Manager mostratá um diálogo. Clique em Show the Files para abrir o diretório Home. Acesse a pasta eclipse com um clique duplo.

install-eclipse-07

Você deve estar vendo os arquivos do Eclipse, incluindo o executável dele.

Ao invés de abri-lo, vamos criar um atalho para facilitar nas demais utilizações. Clique com o botão direito sobre o executável e selecione a opção Make Link.

install-eclipse-08

Um atalho deve ter sido criado como na imagem abaixo:

install-eclipse-09

Com o atalho selecionado, pressione CTRL+X para recortá-lo.

Minimize todas as janelas, clique com o botão direito no fundo da sua Área de Trabalho e selecione a opção Paste.

install-eclipse-10

Pronto!

Configurando o Eclipse

Antes de iniciar o Eclipse, vamos ajustar alguns parâmetro de memória para melhorar o desempenho geral de nossa IDE.

Primeiro, abra o explorador de arquivos e vá até o diretório onde extraiu os arquivos do Eclipse. No nosso caso é ~/eclipse.

install-eclipse-15

Clique com o botão direito sobre o arquivo eclipse.ini e abra com um editor de texto. Você verá o arquivo com o conteúdo a seguir:

install-eclipse-16

Vamos aumentar um pouco os parâmetros de memória:

install-eclipse-17

O conteúdo do arquivo ficou assim:

-startup
plugins/org.eclipse.equinox.launcher_1.3.0.v20130327-1440.jar
--launcher.library
plugins/org.eclipse.equinox.launcher.gtk.linux.x86_64_1.1.200.v20140116-2212
-product
org.eclipse.epp.package.jee.product
--launcher.defaultAction
openFile
-showsplash
org.eclipse.platform
--launcher.XXMaxPermSize
256m
--launcher.defaultAction
openFile
--launcher.appendVmargs
-vmargs
-Dosgi.requiredJavaVersion=1.6
-XX:MaxPermSize=256m
-Xms512m
-Xmx1G

Feche o editor e não esqueça de salvar o arquivo.

Executando o Eclipse

Clique duas vezes sobre o ícone que criamos na área de trabalho. A splash screen irá aparecer.

install-eclipse-11

Aguarde e logo você será saudado pelo Workspace Launcher para selecionar o Workspace de trabalho.

install-eclipse-12

Clique em OK para criar um novo Workspace no diretório indicado. Aguarde mais um pouco para ver a tela de boas-vindas.

install-eclipse-13

Clique no link Workbench para fechar a tela de abertura e ir à perspectiva de desenvolvimento.

install-eclipse-14

Agora é só usar!

Usando o Eclipse

Caso não esteja acostumado com o Eclipse, não deixe de ler o artigo Instalando, Configurando e Usando o Eclipse Kepler.

Embora o tutorial seja para instalação no Windows, na segunda parte você encontra detalhes sobre como realizar configurações básicas, criar um projeto, executar e depurar um programa, além de informações sobre os componentes principais do Eclipse.

Considerações finais

Com Java e o Eclipse instalados no linux, você já tem um ambiente para iniciar o desenvolvimento de aplicações.

Pretendo em artigos futuros usar este ambiente para ilustrar o desenvolvimento de aplicações Big Data com Hadoop.

Instalando e configurando o JDK 7 no linux Ubuntu

Neste pequeno tutorial você aprenderá a instalar o Java Development Kit 7 no linux Ubuntu. O JDK consiste no conjunto de ferramentas para desenvolvimento em Java.

Caso você não tenha acompanhado, publiquei recentemente em um tutorial sobre como instalar o Ubuntu numa máquina virtual. Esta é uma espécie de continuação da série de artigos que visa a configuração de um ambiente de desenvolvimento no Linux. Com esse ambiente, poderemos brincar livremente bom Big Data. Não perca este e os próximos capítulos! 😉

Instalando o JDK 7

Antes de mais nada vamos verificar se, por acaso, já não temos o JDK instalado. Abra o terminal e digite:

javac

install-jdk-02

Note a mensagem de que o programa não foi encontrado. O próprio Ubuntu nos dá uma dica do comando de instalação. Vamos aceitar a sugestão e instalar o pacote openjdk_7-jdk. Digite o comando:

sudo apt-get install openjdk-7-jdk

O terminal irá solicitar a senha. Digite-a.

install-jdk-03

Depois ele vai pedir a confirmação da operação.

install-jdk-04

Pressione Y para aceitar e aguarde o download e a instalação do pacote.

install-jdk-05

Vamos digitar novamente o comando javac para verificar a instalação.

install-jdk-06

Pronto!

Onde está o Java?

Vamos agora conferir onde o Java foi realmente instalado. Para isso, no terminal, digite o comando abaixo para navegar até o diretório onde geralmente ficam as instalações do Java:

cd /usr/lib/jvm

Agora vamos listar os arquivos no diretório com o comando ls:

install-jdk-08

Em nosso exemplo temos duas entradas: java-1.7.0-openjdk-amd64 e java-7-openjdk-amd64.

Ué!? Mas não instalamos apenas uma versão do Java? Sim! Note que cada entrada tem uma cor diferente. O azul mais claro do primerio item indica que ele é um link simbólico (symbolic link), isto é, um simples um atalho. Vamos confirmar com o comando abaixo:

ln -li

install-jdk-09

Notou a seta que demonstra o link apontando para a pasta original?

Enfim, o Java foi instalado no diretório /usr/lib/jvm/java-7-openjdk-amd64, como podemos ver na imagem a seguir:

install-jdk-10

Algumas configurações adicionais

Embora o Java já funcione apenas com a instalação realizada, vamos configurar as variáveis de ambiente para o caso de algum programa procurar o JAVA_HOME.

Vamos novamente verificar se, por acaso, esta variável já existe usando o comando abaixo:

echo $JAVA_HOME

install-jdk-07

Nada. Então vamos defini-la em nossa sessão com o seguinte comando:

JAVA_HOME=/usr/lib/jvm/java-7-openjdk-amd64

Em seguida, vamos exportar a variável para os demais programas com o comando export:

export JAVA_HOME

Somente como observação, poderíamos ter feito os dois passos anteriores em apenas um comando da seguinte forma:

export JAVA_HOME=/usr/lib/jvm/java-7-openjdk-amd64

Agora vamos testar se a variável está correta:

echo $JAVA_HOME

install-jdk-11

Tudo certo até agora!

O problema é que o comando export não salva a variável de forma permanente, ou seja, se reiniciarmos o computador (ou máquina virtual), perderemos seu valor. A fim de persisti-la e disponibilizá-la para todos os usuários, vamos criar um script que faz a exportação da variável durante a inicialização do ambiente e a torna disponível para todos os usuários do sistema.

Isso é feito com um Shell script no diretório /etc/profile.d. Todos os scripts neste diretório são executados na inicialização.

Primeiro, vamos até o diretório mencionado:

cd /etc/profile.d

install-jdk-12

Para não complicar muito, vamos usar o editor nano para criar um arquivo com permissão de administrador, então execute o seguinte comando:

sudo nano export_vars.sh

No editor, digite a linha abaixo:

export JAVA_HOME=/usr/lib/jvm/java-7-openjdk-amd64

install-jdk-13

Em seguida, pressione CTRL+X para sair do programa (Exit). Ele vai perguntar se você quer salvar o conteúdo. Pressione Y e depois Enter.

Pronto de novo!

O arquivo export_vars.sh foi criado com sucesso. Podemos conferir o conteúdo com o comando cat, da seguinte forma:

cat export_vars.sh

install-jdk-14

Para mais detalhes sobre variáveis de ambiente veja a documentação do Ubuntu.

Considerações finais

Este tutorial tem a intenção de prepará-lo para tópicos mais avançados.

Entretanto, procurei ser detalhado nos comandos utilizados também para que o leitor possa se ambientar no ambiente linux, ao invés de apenas digitar comandos “às cegas” sem compreender o que está fazendo.

Instalando, Configurando e Usando o Eclipse Kepler

O Eclipse é um IDE (Integrated Development Environment, ou Ambiente de Desenvolvimento Integrado) extremamente poderoso e flexível, sendo o mais utilizado no mercado e para diversas finalidades: desenvolvimento Java, Android, C++, modelagem de processos, desenho de relatórios e assim por diante.

Utilizar um bom IDE é essencial para a produtividade, pois suas inúmeras ferramentas e funcionalidades farão a diferença no dia-a-dia na procura por defeitos, formatação e melhoraria do código, integração com sistemas SCM (Source Control Management ou Gerência de Configuração), como SVN, CVS, GIT, Mercurial ou Bazaar e muitas coisas.

Baixando o Eclipse

Acesse http://www.eclipse.org/downloads/ para baixar o Eclipse IDE for Java EE Developers. Escolha a versão correspondente ao seu sistema, que no meu caso é um Windows 64 bits. Veja a imagem abaixo:

10_baixar_eclipse

Ao clicar no link, você será redirecionado para outra página onde poderá escolher um “espelho” (mirror), isto é, uma cópia do arquivo que esteja num servidor próximo de onde você mora. Clique na seta verde para efetivamente iniciar o download, conforme a imagem:

11_baixar_eclipse_2

O download será iniciado e o navegador exibirá a seguinte página:

15_baixar_eclipse_6

No futuro, considere contribuir para tornar o Eclipse ainda melhor.  😉

Instalando o Eclipse

Neste e nos próximos tutoriais, o diretório c:\starcode será adotado como base para a instalação de programas e para armazenamento de arquivos. Caso queira, substitua “starcode” pelo nome da sua empresa, organização ou o que desejar, somente evite espaços em branco e acentos. Procure o arquivo baixado com o Eclipse e descompacte no diretório c:\starcode\eclipse, conforme as imagens abaixo:

12_baixar_eclipse_3

Neste exemplo, estou usando o 7-Zip. Abrindo o arquivo baixado, pressione F5 ou clique no menu Arquivo > Copiar Para.... Na caixa de diálogo, digite c:\starcode.

13_baixar_eclipse_4

Confirme e verifique se o conteúdo do diretório c:\starcode\eclipse está conforme a imagem:

14_baixar_eclipse_5

Configurando o Eclipse

Antes de executar o Eclipse, vamos ajustar alguns parâmetros de uso de memória para melhorar o desempenho geral de nosso IDE. Edite o arquivo eclipse.ini no seu editor de textos favorito (sugiro usar o Notepad++). O arquivo original deve conter algo assim:

-startup
plugins/org.eclipse.equinox.launcher_1.3.0.v20130327-1440.jar
--launcher.library
plugins/org.eclipse.equinox.launcher.win32.win32.x86_64_1.1.200.v20130807-1835
-product
org.eclipse.epp.package.jee.product
--launcher.defaultAction
openFile
--launcher.XXMaxPermSize
256M
-showsplash
org.eclipse.platform
--launcher.XXMaxPermSize
256m
--launcher.defaultAction
openFile
--launcher.appendVmargs
-vmargs
-Dosgi.requiredJavaVersion=1.6
-Xms40m
-Xmx512m

É importante entender o que estamos fazendo, pois este ajuste depende da configuração do computador onde o Eclipse será executado. Os seguintes parâmetros serão ajustados ou adicionados:

  • X:MaxPermSize / launcher.XXMaxPermSize: este parâmetro define a quantidade máxima de memória permanente que o Java irá usar para armazenar informações sobre estrutura de classes (bytecode). A memória “permanente” irá limitar a quantidade de classes que podemos usar. Este parâmetro deve ser aumentado se você tiver muitos projetos com muitos jars diferentes. O parâmetro launcher.XXMaxPermSize serve para algumas versões do Eclipse, então vamos mantê-lo por questões de compatibilidade.
  • XX:PermSize: iremos acrescentar este parâmetro para definir a quantidade inicial de memória permanente que o Java irá alocar. Se o valor deste parâmetro for muito pequeno, o desempenho do aplicativo será prejudicado em alguns momentos, pois o Java terá que interromper a execução para alocar mais memória frequentemente.
  • Xmx: define a quantidade máxima de memória dinâmica que o java irá alocar para instâncias de objetos e variáveis que são alocados e desalocados a qualquer momento.
  • Xms: define a quantidade inicial de memória dinâmica.

O valor padrão do parâmetro XXMaxPermSize está razoável, mas acrescentaremos o XX:PermSize para melhorar o tempo de inicialização do Eclipse, de modo que ele não tenha que ficar alocando memória muitas vezes.

Já os valores de Xmx e Xms podem ser ajustados dependendo da configuração do seu computador. Como eu trabalho com vários projetos e tenho 8 Gibabytes de memória RAM, irei colocar um valor máximo de 2 Gigabytes de memória no Xmx e um valor inicial de 512 Megabytes no Xms.

O arquivo de configuração final ficou assim:

-startup
plugins/org.eclipse.equinox.launcher_1.3.0.v20130327-1440.jar
--launcher.library
plugins/org.eclipse.equinox.launcher.win32.win32.x86_64_1.1.200.v20130807-1835
-product
org.eclipse.epp.package.jee.product
--launcher.defaultAction
openFile
--launcher.XXMaxPermSize
256M
-showsplash
org.eclipse.platform
--launcher.XXMaxPermSize
256m
--launcher.defaultAction
openFile
--launcher.appendVmargs
-vmargs
-Dosgi.requiredJavaVersion=1.6
-Xms512m
-Xmx2G
-XX:PermSize=128m
-XX:MaxPermSize=256m

Executando o Eclipse

Execute o arquivo eclipse.exe. Você verá por algum tempo o splash a seguir:

16_eclipse_splash

Depois você será saudado com a tela de seleção de Workspace (Workspace Launcher). Um Workspace consiste num local (diretório) onde ficarão as suas configurações do Eclipse e pode também conter vários projetos (embora não seja necessário que os projetos estejam no mesmo local). Isso significa que, com uma única instalação do Eclipse, você pode criar vários Workspaces em diferentes diretórios e cada um terá suas configurações e projetos específicos e independentes. O Eclipse pode ser executado mais de uma vez e assim você pode trabalhar em múltiplos Workspaces simultaneamente, porém não é possível abrir o mesmo Workspace em duas instâncias do Eclipse.

Digite o valor c:\starcode\workspace, conforme a imagem abaixo, para criar um novo Workspace no diretório informado e clique em OK.

17_workspace_selection

Aguarde alguns instantes e finalmente o IDE irá aparecer, exibindo a tela de boas-vindas (Welcome):

18_workspace_welcome

Feche a tela de boas-vindas clicando no link Workbench, no canto superior direito. Neste momento a tela de trabalho do Eclipse será apresentada:

19_eclipse_ide

Configurando o Workspace

Vamos realizar algumas configurações básicas e visuais. A primeira é trocar a perspectiva de trabalho. O Eclipse é um IDE multifuncional e isso significa que ele lhe permite executar diversas atividades, por exemplo: codificar em Java, criar consultas a bancos de dados, depurar a execução do programa (debug), sincronizar os arquivos locais com um repositório remoto, etc. Certas atividades estão associadas a perspectivas, as quais contém os componentes (chamados de Views) adequados para a tarefa que você está realizando.

Clique no menu Window > Open perspective > Java. Note que que a janela mudou ligeiramente, conforme a imagem abaixo.

20_eclipse_java_perspective

Vamos analisar rapidamente alguns componentes da tela:

  • Menu principal (no topo da tela): acesso às funcionalidades atualmente disponíveis. Alguns menus podem mudar dependendo da perspectiva atualmente selecionada ou do arquivo atualmente sendo editado.
  • Barra de ferramentas (abaixo do menu principal): os botões contém ações mais comuns e também podem mudar dependendo da perspectiva e do arquivo.
  • Package Explorer (esquerda): view que lista os projetos e arquivos dos projetos.
  • Problems (parte de baixo): view que exibe erros e alertas encontrados nos projetos.
  • Tela central (em branco): editor onde serão abertos os arquivos.

Note ainda no canto superior direito a caixa Quick Access, onde você pode digitar qualquer coisa (configuração, nome de arquivo, etc.) e o Eclipse irá retornar os resultados rapidamente. À direita desta caixa estão listadas as perspectivas recentemente utilizadas, então você pode trocar facilmente a qualquer momento.

Irei fechar as views TaskList e Outline, pois não iremos utilizá-las neste momento.

Vamos realizar também algumas configurações para otimizar nosso trabalho. A primeira é desligar o corretor ortográfico em Inglês, caso contrário tudo o que escrevermos em Português ficará sublinhado de vermelho. Acesse o menu Window > Preferences..., pesquise pela configuração Spelling e desmarque a opção principal, conforme a tela abaixo:

21_disable_spelling

Caso esteja acessando a Internet sob um servidor Proxy, configure-o em Network Connection. Note que alguns plugins do Eclipse não funcionarão adequadamente mesmo com essas configurações de Proxy. Além disso, Proxies com NTLM não podem ser configurados através deste método. Verifique o tipo de Proxy que você possui e, se tiver dificuldades, serão necessárias soluções mais específicas que estão fora do escopo deste tutorial.

22_network

Se você tem um JDK devidamente instalado, o Eclipse deve tê-lo encontrado e adicionado automaticamente à sua configuração. Entretanto, verifique se está correto na configuração Installed JREs.

23_installed_jre

Após realizar as configurações acima, clique em OK.

Criando um projeto para teste

Vamos criar um projeto simples com o objetivo de verificar a instalação e permitir que você se acostume com o ambiente do Eclipse. Acesse o menu File > New  > Java Project. Dê um nome ao projeto e clique em Finish.

24_create_project

A view Package Explorer irá exibir o novo projeto. Clique na seta à esquerda do nome para mostrar seu conteúdo.

25_project_created

Vamos criar uma classe Java. Acesse File > New > Class ou simplesmente clique no botão indicado em vermelho na figura acima.

Na próxima tela, preencha o campo Package com o valor br.com.starcode.teste. O padrão para nomes de pacotes é usar sempre letras minúsculas, não usar caracteres especiais, números somente em situações especiais. Subpacotes são definidos usando o caractere de ponto final (.). Preencha também o campo Name com o nome da classe. Nomes de classes devem manter o padrão CamelCase, isto é, usa-se maiúsculas nas inicias das palavras, por exemplo “MinhaPrimeiraClasse”. Evite caracteres especiais e números. Marque a opção “public static void main(String[] args)” e clique em Finish para confirmar a criação da classe.

26_create_class

Veja como está a visualização:

27_new_class

Vamos editar o método main da nossa classe. Este método é especial para o Java, pois a execução do programa incia-se nele. Primeiro remova a linha com o comentário TODO, depois digite o conteúdo abaixo no lugar:

System.out.println("Testando o Programa!");

Teremos o conteúdo da imagem abaixo.

28_code

Não se esqueça de salvar o arquivo. Pressione Ctrl+S ou clique em File > Save.

E finalmente vamos executar nosso primeiro programa em Java. Clique com o botão direito do mouse sobre a classe e acesse o menu Run As > Java Application.

29_run_java_application

A view Console será aberta, exibindo a saída que nosso programa imprimiu e provando o sucesso da execução.

30_run_result

Depurando o programa

Aproveitando o exemplo da execução, vamos supor que você precisa fazer a depuração (debug) do programa por algum motivo. A depuração permite interromper temporariamente a execução do programa em um determinado ponto, inspecionar e alterar valores de variáveis e continuar a execução linha a linha para analisar o comportamento do programa.

Antes de iniciar a depuração, vamos criar um breakpoint, isto é, vamos marcar a linha onde queremos que a execução do programa seja interrompida. Existem várias formas de fazer isso, por exemplo:

  • Clique na linha desejada e pressione Ctrl+Shift+B.
  • Dê um duplo clique na barra azul à esquerda do editor, na altura da linha desejada.

30_breakpoint

  • Clique com o botão direito na barra azul à esquerda do editor e selecione a opção Toggle Breakpoint.

30_breakpoint 2

O resultado é uma bolinha azul à esquerda da linha, conforme a imagem abaixo.

30_breakpoint done

Para remover o breakpoint, execute novamente um dos procedimentos citados (tecla de talho, duplo clique ou menu de texto).

Agora vamos executar o programa em modo de depuração (debug mode). Clique com o botão direito sobre a classe e acesso o menu Debug As > Java Application.

30_debug as menu

Após o início da execução, quando um breakpoint for encontrado, o Eclipse irá perguntar se você deseja mudar a visualização para a perspectiva Debug.

30_change perspective

Clique em Yes e a tela do Eclipse mudara, exibindo outras views e a linha atual sendo executada em verde claro no editor.

30_breakpoint stopped

Confira alguns detalhes da tela acima:

  • Debug: view que exibe as threads do programa atual e a pilha de chamadas. Como temos apenas um programa simples, há apenas uma thread. E como estamos na classe principal, o único item da pilha consiste do nome da classe, do nome do método e do número da linha sendo executada.
  • Variables: view que exibe as variáveis do escopo atual, de forma que você pode ver e até modificar os valores.
  • Breakpoints: view que exibe todos os breakpoints do workspace.

Neste momento, estamos com a execução do programa interrompida na linha 7. Além de conferir as variáveis do escopo atual, você pode executar um trecho do código e conferir o valor retornado através do Inspect.

Como não temos nenhuma variável, vamos inspecionar o texto contido na função println. Selecione o texto, clique com o botão direito e selecione o menu Inspect.

30_inspect menu

O Java irá executar o trecho selecionado e retornar o resultado numa caixa amarela, conforme a imagem abaixo:

30_inspect result

Embora em nosso exemplo tenhamos usado uma String simples, poderíamos ter feito com qualquer trecho, por exemplo, uma conta matemática ou uma chamada de método. Apenas tome um certo cuidado com a função Inspect, pois o código selecionado é realmente executado, afetando variáveis e valores do seu programa.

Dicas para organização e manutenção de projetos

Logo seu Workspace pode ficar abarrotado de projetos e, consequentemente, o desempenho do Eclipse e sua experiência como desenvolvedor cairão drasticamente. Além de separar seus projetos em vários Workspaces, existem técnicas que ajudam no dia-a-dia, tanto no que se refere à organização quanto ao desempenho.

Vamos criar um projeto adicional para efeito de exemplo. Siga os passos anteriores, mas crie um projeto com outro nome.

31_second_project

Veja como ficou o Workspace:

32_two_projects

Seguindo nosso exemplo, vamos supor que não queremos mais usar o primeiro projeto por algum tempo. Nós podemos fechá-lo, de modo que ele ainda existirá, mas não ocupará recursos. Ao fechar um projeto, o Eclipse não listará os arquivos nem fará cache das classes contidas nele. Para fechar um projeto, clique com o botão direito sobre ele e selecione a opção Close Project.

33_close_project

O ícone do projeto vai mudar e você não poderá mais acessar o seu conteúdo até abri-lo novamente.

34_closed_project

Se desejar abrir o projeto para acessar os arquivos, dê um duplo clique no mesmo ou clique com o botão direito e selecione o menu Open Project. Não precisa fazer isso agora.

Partindo para outro exemplo, vamos supor que você está com muitos projetos no Workspace. Há alguma forma de agrupá-los e organizá-los adequadamente? Para isso existem os Working Sets.

Vamos criar dois Working Sets. Clique no menu da view Package Explorer (conforme indicado em vermelho na imagem abaixo) e então selecione a opção Top Level Elements > Working Sets.

35_view_menu

A tela de configuração dos Working Sets é exibida:

36_configure_working_sets

Primeiramente vamos criar um Working Set chamado “Projetos Principais” com o nosso primeiro projeto. Clique no botão New..., digite o Working set name, adicione o projeto na lista da direita (Working set content) e clique em Finish.

37_new_working_set1

Depois, clique novamente em New... e repita a operação para criar outro Working Set chamado “Projetos Secundários”, incluindo desta vez o segundo projeto que criamos.

38_new_working_set2

Após confirmar a inclusão você pode ordenar os Working Sets. Selecione um item da lista e clique em Up para mover o item para cima ou em Down para mover o item para baixo. A ordenação final ficou da seguinte forma:

39_organizing_workingsets

Clique em OK e confira o resultado:

40_organized_projects

Por fim, se quiser excluir um projeto do seu Workspace, selecione o item e pressione a tecla Delete. Uma tela de confirmação será exibida.

41_delete_project

Note que existe uma opção chamada “Delete project contents on disk (cannot be undone)”. Caso a opção não esteja marcada o projeto será excluído do Workspace, mas não do seu disco rígido. Isso é importante caso não queira perder os dados ou esteja usando o projeto em outro Workspace. Caso a opção esteja marcada, o projeto e todos os arquivos contidos nele serão removidos não apenas do Eclipse, mas também apagados do seu disco, não sendo possível recuperá-los.

Resumo

Neste tutorial você aprendeu a baixar, instalar, configurar o Eclipse. Também viu como criar e organizar projetos, além de executar e depurar um programa simples em Java.

Apesar de tratar-se de uma introdução básica, este tutorial lhe dá uma base para avançar para usos mais avançados da plataforma Java, os quais disponibilizarei em breve.

Installing, Configuring and Using Eclipse Kepler

Eclipse is a IDE (Integrated Development Environment) extremely powerful and flexible, being the most used for various purposes: Java development, Android, C++, processes modeling, report design and so on.

Utilizing a good IDE is essential for productivity because its countless tools and features will make the difference in our daily searching for defects, refactoring, integrating with SCM (Source Control Management) like SVN, CVS, GIT, Mercurial or Bazaar, and other stuff.

Downloading Eclipse

Go to http://www.eclipse.org/downloads/ in order to download Eclipse IDE for Java EE Developers. Choose the corresponding version for your system, in my case, Windows x64. Look at the image below:

10_baixar_eclipse

When you click on the link, you’ll be redirected to another page where you will choose a “mirror”, that is, a copy of the file in a server next to you. Click on the green arrow to begin the download, according to the image:

11_baixar_eclipse_2

The download will start and the browser will show you this page:

15_baixar_eclipse_6

In the future, consider donating to make Eclipse even better.  😉

Installing Eclipse

In this and next tutorials, the directory c:\starcode will be adopted as the base directory for installing applications and storing files. If you want, replace “starcode” with the name of your company, organization or whatever you want, just avoiding whitespaces or special characters. Find the downloaded file, unpack it in the directory c:\starcode\eclipse, according to the following image:

12_baixar_eclipse_3

In this example, I’m using 7-Zip. Open the file and press F5 or go to menu File > Copy to.... In the dialog, type c:\starcode.

13_baixar_eclipse_4

Confirm and check if the content in the directory c:\starcode\eclipse is like the image:

14_baixar_eclipse_5

Configuring Eclipse

Before opening Eclipse, let’s tune a few parameters that affect the memory usage in order to get the a better general performance of our IDE. Edit eclipse.ini in your favorite text editor (I suggest Notepad++). The original file should be something like this:

-startup
plugins/org.eclipse.equinox.launcher_1.3.0.v20130327-1440.jar
--launcher.library
plugins/org.eclipse.equinox.launcher.win32.win32.x86_64_1.1.200.v20130807-1835
-product
org.eclipse.epp.package.jee.product
--launcher.defaultAction
openFile
--launcher.XXMaxPermSize
256M
-showsplash
org.eclipse.platform
--launcher.XXMaxPermSize
256m
--launcher.defaultAction
openFile
--launcher.appendVmargs
-vmargs
-Dosgi.requiredJavaVersion=1.6
-Xms40m
-Xmx512m

It’s important to understand exactly what we’re doing here, because the changes we’re going to do depend on the environment Eclipse is running. The following parameters will be modified or added:

  • X:MaxPermSize / launcher.XXMaxPermSize: this parameter defines the maximum amount of permanent memory Java will use to store information about class structure (bytecode). The “permanent” memory will limit the total of classes we can load in memory. This parameter should be increased if you have many projects with many jars each. The parameter launcher.XXMaxPermSize is used in older versions, so we’ll keep it for compatibility.
  • XX:PermSize: we’ll add this parameter to define the initial amount of permanent memory Java will allocate. If the value is too small, the performance will suffer because Java will in interrupt the execution of the program frequently in order to allocate more memory.
  • Xmx: defines the maximum amount of dynamic memory Java will allocate to store object instances and variables that can be allocated and deallocated at any moment.
  • Xms: defines the initial amount of dynamic memory.

The default value of XXMaxPermSize parameter is reasonable, but we’ll add XX:PermSize in order to obtain better initialization speed. That way Eclipse won’t need increase the memory many times.

The values of Xmx and Xms can be modified depending on your computer power. As I work in various projects and I have 8 Gigabytes of RAM, I’ll put a maximum of 2 Gigabytes in Xmx and an initial 512 Megabytes in Xms.

The final version of the configuration file goes like this:

-startup
plugins/org.eclipse.equinox.launcher_1.3.0.v20130327-1440.jar
--launcher.library
plugins/org.eclipse.equinox.launcher.win32.win32.x86_64_1.1.200.v20130807-1835
-product
org.eclipse.epp.package.jee.product
--launcher.defaultAction
openFile
--launcher.XXMaxPermSize
256M
-showsplash
org.eclipse.platform
--launcher.XXMaxPermSize
256m
--launcher.defaultAction
openFile
--launcher.appendVmargs
-vmargs
-Dosgi.requiredJavaVersion=1.6
-Xms512m
-Xmx2G
-XX:PermSize=128m
-XX:MaxPermSize=256m

Running Eclipse

Execute the file eclipse.exe. You’ll see the splash screen for a while:

16_eclipse_splash

After that, you’ll be welcomed with the Workspace selection screen (Workspace Launcher). A Workspace is a place (a directory, actually) where your Eclipse’s configurations are stored, containing as many projects as you like (even though they don’t need to be in the same place). It means that, with only one Eclipse install, you’re able to create many Workspaces in different directories and each one will have its specific and independent configuration and projects. Eclipse can be executed in multiples instances so you can work in multiples Workspaces simultaneously, with the exception that you cannot open the same Workspace in different instances at the same time.

Let’s continue. Type c:\starcode\workspace and click OK, as the image below, in order to create a brand new Workspace in this directory.

17_workspace_selection

Wait a few moments and finally your IDE will appear, showing the Welcome screen:

18_workspace_welcome

Close the Welcome screen clicking on Workbench link, at the top-right corner. Now, the main work screen will be presented:

19_eclipse_ide

Configuring the Workspace

Let’s do some basic and visual configuration. The first is to change the perspective. Eclipse is a multifunctional IDE and that means it allows you do different activities, for instance: write Java code, create database queries, debug the program, commit and update files from a remote repository, etc. Certain activities are associated to perspectives, which contain the components (named Views) more suitable for the task you are doing.

Go to Window > Open perspective > Java. Notice that the window changed a bit, according to the image below.

20_eclipse_java_perspective

Let’s quickly look at some components of that screen:

  • Main Menu (at the top): it gives you access to all available features. Some items and menus change according to the perspective currently selected or according to the file currently being edited.
  • Toolbar (below main menu): the buttons contain the most used actions and also change according to perspective or file.
  • Package Explorer (at the left): view that lists projects and their files.
  • Problems (at the bottom): view that shows errors and warnings found by compilers and validators in the build process.
  • Center screen (blank): editor where files will be opened and edited.

Notice the Quick Access box near the top-right corner. You can type anything there (configuration name, file name, etc.) and Eclipse instantaneously will show you the results. At the right of this box, the recently used perspectives are listed, so you can swap to another one quickly at any time.

I’ll close the views TaskList and Outline, because we won’t use them in this example.

Let’s do also some configuration in order to speed our work up. Firstly, if your first language is not English, turn off spell checking. Go to Window > Preferences..., search for “Spelling” and uncheck the main option, according to the image:

21_disable_spelling

In case you’re under a proxy server, go to Network Connection configurations. Know that some plugins won’t work even with this configuration. Unfortunately, proxies with NTLM authentication cannot be configured through this method. Check your proxy type, maybe the solution is out of scope for this tutorial.

22_network

If you have JDK correctly installed, Eclipse should found it and add it automatically to its configuration. However, check if it’s ok in  Installed JREs.

23_installed_jre

After accomplish your desired configurations, press OK button.

Creating a test project

Let’s create a simple project with goal of verify the installation and make you comfortable with Eclipse environment. Go to menu File > New  > Java Project. Give it a name and press Finish.

24_create_project

Package Explorer view will display the new project. Click on the arrow at left to show its content.

25_project_created

Let’s create a Java class. Go to File > New > Class or just click on the red-circled button highlighted in the image.

In the next screen, fill Package field out with the value br.com.starcode.teste. The default convention for naming packages is to use always lower case characters and avoid numerals, unless in special cases. Subpackages are separated using the dot character (.). Type also the class name in the Name field. Class names should follow the CamelCase convention, that is, an initial upper-case character for each word, for instance: “MyFirstClass”. Avoid special characters and numbers. For now, check the option “public static void main(String[] args)” and press Finish.

26_create_class

Now we should have this view:

27_new_class

Let’s edit the main method of our class. This method is “special” to Java in the sense the program will start its execution by this method. So, remove the line with TODO comment and then type the following in its place:

System.out.println("Testando o Programa!");

We should have this:

28_code

Don’t forget to save the file. Press Ctrl+S or click File > Save.

Finally, let’s run our first Java program. Click with the right button on the class and go to menu Run As > Java Application.

29_run_java_application

The Console view will appear, showing the output of our program and proving the success of the execution.

30_run_result

Debugging the program

With the previous example, let’s suppose for any reason you need to find a bug. In order to do that you need to stop the program execution at some point and run it line by line, inspecting variables values and following the behavior of the program.

Before we start debugging, let’s create a breakpoint, that is, let’s mark the line we want interrupt the execution of the program. There are many ways to accomplish that, for instance:

  • Go to the line with the cursor and press Ctrl+Shift+B.
  • Double-click the blue bar at left of the editor, in the same direction of the target line.

30_breakpoint

  • Right-click the blue bar at left of the editor and choose Toggle Breakpoint option.

30_breakpoint 2

As a result, we have a small blue circle at the left of the line, as the image below.

30_breakpoint done

In order to remove the breakpoint, do again one of the procedures above (shortcut, double-click or menu).

Now, let’s run the programming in debug mode. Right-click the class and go to Debug As > Java Application.

30_debug as menu

After starting the execution, when the program reach a breakpoint, Eclipse will ask if you want to change for debug perspective.

30_change perspective

Choose Yes and Eclipse screen will change, showing other views and then, in the editor, the current line to be executed in light green.

30_breakpoint stopped

Check out some details of the screen above:

  • Debug: view showing program threads and the stack of method calls. As we have only one simple program, there’s only one thread. And as we’re in the main class, the only item in the stack is our class, its method and the number of the line being executed.
  • Variables: view showing variables in the current scope. You can look at and also change the values here.
  • Breakpoints: view showing all breakpoints set in the Workspace.

Until this moment, the execution is interrupted at line 7. You can inspect the values of variables in the current scope and also run a snippet of code in order to see the value returned by it through Inspect.

We haven’t any variables, so let’s inspect the text contained in println function. Select the text, right-click the selection and go to Inspect.

30_inspect menu

Java will execute the selected snippet and show the result in a yellow box, according to this image:

30_inspect result

Even though in this example we have only a simple String to inspect, we could have done it with any snipped that return a value like a method call or an arithmetic expression. Just take care with Inspect because the code is actually executed, so it can change the state of your program, affecting instances, variables and its values.

Tips for project maintenance and organization

Soon your Workspace may become bloated with projects and, consequently, Eclipse performance and your user experience will get worse. Of course, you can separate your projects in different Workspaces, but there are other alternatives.

Let’s create an additional project for this example. Follow the previous steps, but this time, use another name.

31_second_project

Now our Workspace is like this:

32_two_projects

Let’s suppose now, we won’t work in the first project for a while. We can close it so it’ll exists, but won’t use any of our precious resources. When we close a project, Eclipse won’t list its files nor will cache its classes. In order to close a project, right-click the project and choose Close Project.

33_close_project

The project icon will change and you will be unable to access its content until you open it gain.

34_closed_project

In order to open the project, double-click it or right-click it and choose Open Project. You don’t need to do it right now.

Going to another example, let’s suppose you have many projects in your Workspace. Is there a way to group and organize them properly? For that reason there are Working Sets.

Let’s create two Working Sets. Open the menu of Package Explorer view (as indicated in red in the image below) and then go to Top Level Elements > Working Sets.

35_view_menu

The Working Sets configuration screen will be displayed:

36_configure_working_sets

In the first place, let’s create a Working Set called “Main Projects” containing our first project. Press New... button, type the Working set name, add the project in the right list (Working set content) and press Finish.

37_new_working_set1

Then press New... again and repeat the procedure to create another Working Set called “Secondary Projects”, this time including the other project we created.

38_new_working_set2

Now you can sort the Working Sets. Select an item in the list and press Up in order to move the item up or Down in order to move the item down. The final order goes like this:

39_organizing_workingsets

Press OK and check out the result:

40_organized_projects

Finally, if you want delete a project from your Workspace, select it and press Delete. A confirmation dialog will be shown.

41_delete_project

Notice the option “Delete project contents on disk (cannot be undone)”. If this option is not checked the project will be removed from Workspace, but the files will remain in the Hark Disk. It’s important if you don’t want lost data or when the project is used in another Workspace. In case the option is checked, the project and all its files will not only be removed from Eclipse, but erased from the Hard Drive, so you won’t be able to recover them later.

Summary

In this tutorial you learned how to download, install and configure Eclipse. You also had some examples of how to create, organize, run and debug a simple Java program.

Despite of being a basic introduction, this tutorial will give you the foundation to more advanced topics, which I’ll soon make available.

Instalando e Configurando o Java Development Kit 7 para Desenvolvimento


Nota: Este artigo faz parte de uma série de tutoriais que estou preparando. O primeiro passo, obviamente, é configurar um ambiente de desenvolvimento completo. Meu objetivo é permitir que você tenha um ambiente funcional para então acompanhar sem dificuldades tutoriais sobre tecnologias específicas como JAX-RS, JSF, JPA, etc., evitando assim confusões sobre aspectos secundários.


Antes de pensar em desenvolver algo em Java, precisamos instalar a versão Java para desenvolvimento, isto é o JDK. Diferente do JRE (Java Runtime Environment),que geralmente instalamos para usar aplicativos, bancos, e outros, o JDK vem com várias ferramentas e o compilador javac.

Baixando o Instalador

Acesse http://www.oracle.com/technetwork/java/javase/downloads/index.html e clique no link indicado na imagem:

Baixar JDK

Na próxima tela, primeiro aceite os termos da licença para liberar os downloads e então escolha a versão do Java compatível com seu ambiente. No meu caso, tenho um Windows 64 bits, então escolhi a versão indicada na figura:

00_baixar_jdk_2

Aguarde o download terminar.

Instalando o Java Development Kit (JDK) e o JRE (Java Runtime Environment)

Execute o instalador que você escolheu. No programa que será aberto, que deve ser algo como a imagem abaixo, simplesmente clique em “Next” na tela inicial e novamente em “Next” na tela seguinte para iniciar a instalação.

02_instalar_jdk

No meio da instalação do JDK, será iniciada a instalação do JRE, que é a versão de execução do Java. Clique em “Next” para iniciar a instalação e ser informado de que “mais de 3 bilhões de dispositivos executam Java”.

04_instalar_jre

Ao final, clique em “Close” para finalizar instalação.

Configurando o ambiente

No caso do Windows, precisamos configurar as variáveis de ambiente para que o Java que instalamos fique sempre disponível quando precisarmos.

Acesse as “Configurações Avançadas do Sistema” (Pressione Ctrl+Pause para facilitar) e, na aba Avançado, clique no botão Variáveis de Ambiente.

05_configurar_var_amb

Verifique, nas Variáveis do sistema, se existe uma variável chamada JAVA_HOME. Certifique-se de que o Valor dessa variável contém o caminho para a pasta do JDK que acabamos de instalar, conforme a imagem:

06_configurar_java_home

Note que, no exemplo acima, já havia uma variável da versão anterior, então ela foi atualizada.

Depois disso, edite também a variável Path que está em “Variáveis do sistema” e acrescente o caminho %JAVA_HOME%\bin, se já não houver. Veja o exemplo na imagem abaixo:

07_configurar_path

Agora teste sua instalação abrindo o Prompt de Comando e digitando java -version. Veja como ficou o resultado:

08_versao_java

Pronto!  😀

Agora você já possui a versão mais atualizada de desenvolvimento da plataforma Java.

Não perca as próximas publicações com as demais configurações de um ambiente de desenvolvimento completo!

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