Assista aos primeiros dois minutos deste episódio do Dilbert (ative as legendas em português através do botão “Captions”):
É verdade que algumas pessoas nascem com um “jeito” especial para lidar com aspectos técnicos. Posso dizer que, desde o ano de 1997 quando encontrei uma instalação do Visual Basic 4 num CD emprestado, me deparei com algo em que tenho “o jeito”.
Porém, na área de desenvolvimento de software, temos a tendência de supervalorizar o conhecimento técnico em detrimento de áreas humanas e sociais, assim como ocorre por vezes na área de ensino onde um bom aluno em Matemática é mais reconhecido que um bom aluno em Português ou Geografia.
Mas cada indivíduo possui variadas habilidades em diferentes níveis. Por um lado, devemos exercitar nossos talentos para colhermos resultados satisfatórios. Talento sem treino e disciplina é um grande desperdício. Um excelente programador que não procura se aperfeiçoar vai acabar ultrapassado em poucos anos. Além disso, com diligência, um bom vendedor pode ganhar mais que o pessoal técnico. Por outro lado, é importante trabalharmos nossos pontos fracos. Programadores que escarnecem de usuários, mas não sabem se relacionar, dificilmente alcançarão algum sucesso na carreira.
Algo que tenho aprendido em meus poucos anos de experiência é que o empenho consciente em crescer na carreira vale muito mais do que meu talento em criar código. Este blog, assim como tudo o que tenho produzido, não existe apenas devido ao que eu sei, sendo um resultado de um constante investimento de tempo e intelecto.
Existe um conceito que aprendi estudando economia, chamado trade-off. Basicamente isso diz que nossas escolhas tem um custo. Sempre que você escolhe fazer algo, deixa de fazer inúmeras outras coisas. Quando você gasta seu dinheiro em uma coisa, deixa de gastar em inúmeras outras. Aplique isso na sua rotina diária e coloque na balança o custo do tempo que tem investido em atividades supérfluas. Quantas vezes poderíamos estudar, investir na saúde, aprender um idioma, empreender e se preparar para os vários desafios da vida, mas acabamos em frente a uma TV ou vídeo-game?
Em suma, tendo ou não “o jeito”, trabalhe para aperfeiçoar seus talentos e superar suas dificuldades. Não há ganho sem dor.